Especialista em liderança, Simon Sinek tem alguns conselhos para você não errar mais enquanto líder

Compartilhar

Escritor participou do Zendesk Showcase e compartilhou com InaMarie Johnson, Chief People & Diversity Officer, dicas para uma liderança mais empática

Por Carla Mats

O bom líder é, antes de tudo, empático

A capacidade de se colocar no lugar do outro tem sido colocada no manual da boa liderança há um tempo. Entretanto, toda a oportunidade para discutir o tema e a empatia é, novamente, cobrada dos líderes para ser desenvolvida. Afinal, é possível ensinar empatia? Para o autor, líderes precisam, primeiramente, reconhecer como a empatia “funciona”. “O fundamento da empatia inclui a curiosidade”, pontua. Para dar mais clareza ao assunto, ele recorre a uma situação e duas abordagens.

“Um gerente entra no escritório e fala com seu funcionário: oi, vi que seus números estão em queda pelo terceiro trimestre consecutivo. Já tivemos esta conversa antes. Se você não recuperar estes números, eu não sei o que irá acontecer”, exemplifica.

Agora, segundo Sinek, empresas que abraçam a empatia encarariam a mesma situação sob outra perspectiva:

“O mesmo gerente perguntará: vi que seus números estão em queda pelo terceiro trimestre consecutivo. Já tivemos esta conversa antes. Você está bem? Estou preocupado com você”, sugere Sinek. “Há a prerrogativa de que a pessoa não é o problema e sim está com um problema. Se a gente conseguir colocá-las em um ambiente seguro para dizer o que está acontecendo, pessoalmente ou profissionalmente, nós podemos ajudá-la, ou pelo menos, estar lá para dar apoio. Empatia é central para a liderança, reconhecer que pessoas são pessoas e reconhecer que todos temos problemas, inseguranças, vaidades e somos seres humanos desastrosos. E, fundamentalmente, liderança não é sobre resultados, mas cuidar das pessoas que são responsáveis pelos resultados. É um trabalho humano, isso que é a liderança”.

A boa liderança cobra experimentação

InaMarie conta que a Zendesk tem promovido certos níveis de experimentação. “Eu sempre estou com meu time falando vamos experimentar coisas novas”, conta a executiva. “Muitas empresas estão tentando descobrir o que vai ser o novo normal. Mas esse trabalho descentralizado, acreditamos que em algum momento, 50% da nossa força de trabalho atuará de forma remota, mesmo quando as coisas voltarem ao normal. Então, como líder, ter opções de diferentes formas de conectar e não ter medo de voltar a coisas fundamentais, como incentivar a ligar no meu celular, caminhadas com um mentor […] Acho que não há uma única forma de conexão da perspectiva do líder”, complementa InaMarie.

Por mim, ao falar sobre otimismo, Sinek reforça que, em momentos difíceis, as pessoas precisam se lembrar de se manterem conectadas umas as outras. E que isso também requer certa dose de otimismo e coragem. “Em tempos como esses, quando a vontade é apenas não querer sair da cama, é mais importante do que nunca se manter conectado, porque juntos conseguiremos resolver esses problemas”, finaliza.

Simon Sinek, autor de best sellers como “Comece pelo Porquê” e “Os líderes comem por último”, se tornou uma espécie de guru quando o assunto é Liderança. Busque por sua trajetória na Internet e o Google rapidamente te indicará algumas frases de efeito que poderiam ir bem em um quadro para o seu chefe: “Você pode facilmente julgar o caráter de um homem pela forma como ele trata aqueles que não podem fazer nada por ele”. Se Sinek se tornou autoridade em influenciar as lideranças, ele também leva adiante o título de “otimista”. Organizações e a imprensa, de forma geral, se voltam para o escritor com uma pergunta que se renova a cada ano, a cada crise: “Como ser otimista diante disso ou daquilo?”. E para essa pergunta, InaMarie Johnson, Chief People & Diversity Officer da Zendesk, também gostaria de uma resposta.

Sinek foi um dos convidados que abriu o evento virtual da Zendesk, multinacional especializada em CRM, voltado para clientes no Brasil, o Zendesk Showcase. O evento reuniu lideranças da companhia e de outras grandes empresas para discutir o futuro do Customer Experience em um cenário pós-pandemia. Coube a InaMarie Johnson a tarefa de entrevistar Sinek. Afinal, em meio a uma das piores crises sanitárias da história e diante os reflexos de uma crise econômica mundial, é possível manter o otimismo?

“Otimismo não é positividade”, respondeu Sinek. “Não é ser ingênuo, não é ignorar que tudo não está bem. Mas é focar na luz no fim do túnel. Mas sim, há o reconhecimento de que estamos em um túnel sombrio. Mas é preciso coragem para pedir e aceitar ajuda”, acrescentou.

Em uma de suas colocações InaMarie conta que as novas dinâmicas de trabalho, com um home office confinado nos últimos cinco meses e com as dúvidas existenciais que a crise atual pressiona, as lideranças da Zendesk têm feito o dever de casa de Sinek: “comece pelo por quê”. “Nós estamos tendo conversas que nunca tivemos antes. Estamos fazendo uma série de perguntas que, talvez, não faríamos e essa ideia de começar uma autorreflexão, criar um espaço no ambiente de trabalho onde as pessoas possam dividir suas experiências, nós chamamos de círculos de empatia”, conta a executiva. Segundo ela, tais círculos são pensados, em especial, para os líderes mais sêniores ouvirem, ao mesmo tempo que cria um espaço seguro para ouvir as experiências dos funcionários. Entretanto, InaMarie questiona Sinek se estas novas dinâmicas poderiam ser momentâneas devido à pandemia.

“Isso se torna a responsabildiade dos lideres. Eu odiaria ver tudo isso ter acontecido, para termos tido um pico e ir embora. Isso seria muito desperdício”, ressalta o especialista. Para ele, a covid-19 criou oportunidades para líderes fazerem coisas que gostariam de fazer, mas não sabiam como. Agora, eles não encontraram alternativas a não ser fazê-las. “Quando a Covid aconteceu, por exemplo, muitos líderes pegaram o telefone e ligaram para os seus colaboradores para dizer ‘oi, queria saber como você está’. Minha pergunta é por que isso não estava sendo feito nos tempos bons? Isso se chama boa liderança, checar com seu funcionário se ele está bem ou não, conversar, ouvir. A questão é que nós vimos as pessoas se comportarem de uma forma humana, porque é algo tão extremo lidar com uma pandemia global e prisões sociais, que nossos instintos foram fazer a coisa certa imediatamente. Eu espero que as pessoas reconheçam que isso que elas fizeram instintivamente é chamado de boa liderança, então, por favor, continue daqui para frente”, aconselha.

O bom líder é, antes de tudo, empático

A capacidade de se colocar no lugar do outro tem sido colocada no manual da boa liderança há um tempo. Entretanto, toda a oportunidade para discutir o tema e a empatia é, novamente, cobrada dos líderes para ser desenvolvida. Afinal, é possível ensinar empatia? Para o autor, líderes precisam, primeiramente, reconhecer como a empatia “funciona”. “O fundamento da empatia inclui a curiosidade”, pontua. Para dar mais clareza ao assunto, ele recorre a uma situação e duas abordagens.

“Um gerente entra no escritório e fala com seu funcionário: oi, vi que seus números estão em queda pelo terceiro trimestre consecutivo. Já tivemos esta conversa antes. Se você não recuperar estes números, eu não sei o que irá acontecer”, exemplifica.

Agora, segundo Sinek, empresas que abraçam a empatia encarariam a mesma situação sob outra perspectiva:

“O mesmo gerente perguntará: vi que seus números estão em queda pelo terceiro trimestre consecutivo. Já tivemos esta conversa antes. Você está bem? Estou preocupado com você”, sugere Sinek. “Há a prerrogativa de que a pessoa não é o problema e sim está com um problema. Se a gente conseguir colocá-las em um ambiente seguro para dizer o que está acontecendo, pessoalmente ou profissionalmente, nós podemos ajudá-la, ou pelo menos, estar lá para dar apoio. Empatia é central para a liderança, reconhecer que pessoas são pessoas e reconhecer que todos temos problemas, inseguranças, vaidades e somos seres humanos desastrosos. E, fundamentalmente, liderança não é sobre resultados, mas cuidar das pessoas que são responsáveis pelos resultados. É um trabalho humano, isso que é a liderança”.

A boa liderança cobra experimentação

InaMarie conta que a Zendesk tem promovido certos níveis de experimentação. “Eu sempre estou com meu time falando vamos experimentar coisas novas”, conta a executiva. “Muitas empresas estão tentando descobrir o que vai ser o novo normal. Mas esse trabalho descentralizado, acreditamos que em algum momento, 50% da nossa força de trabalho atuará de forma remota, mesmo quando as coisas voltarem ao normal. Então, como líder, ter opções de diferentes formas de conectar e não ter medo de voltar a coisas fundamentais, como incentivar a ligar no meu celular, caminhadas com um mentor […] Acho que não há uma única forma de conexão da perspectiva do líder”, complementa InaMarie.

Por mim, ao falar sobre otimismo, Sinek reforça que, em momentos difíceis, as pessoas precisam se lembrar de se manterem conectadas umas as outras. E que isso também requer certa dose de otimismo e coragem. “Em tempos como esses, quando a vontade é apenas não querer sair da cama, é mais importante do que nunca se manter conectado, porque juntos conseguiremos resolver esses problemas”, finaliza.

Fonte: https://cio.com.br/especialista-em-lideranca-simon-sinek-tem-alguns-conselhos-para-voce-nao-errar-mais-enquanto-lider/ – acessado em 23 de agosto de 2020


Compartilhar