O que é esse tão falado “Autoconhecimento” ?

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 Por Marisa Golin da Cunha

A relação existente entre os nossos comportamentos, sentimentos, emoções, hábitos e pensamentos, quando bem conhecida, nos conduz, quase que automaticamente, a querer investigar as crenças e os valores cultivados ao longo de nossas vidas – especialmente aqueles criados a partir da nossa infância.

Conhecer a nós mesmos e saber como são as ações e reações que manifestamos diante de diferentes situações que vivenciamos – em particular nas situações mais difíceis e delicadas, tais como as de pressão, stress, tristeza entre tantas outras que nos provocam impulsos ou condutas que nos prejudicam- pode parecer o suficiente para formarmos a convicção de que nos conhecemos.

O comportamento, ou seja, o que é por nós exteriorizado e pelos outros visto e percebido, reflete apenas a ponta do iceberg, aquela parte visível para a sociedade. Quando demonstramos o nosso comportamento é porque nossas emoções foram tocadas e nossos hábitos entraram em ação.

Porém, nossas emoções são ativadas pelos nossos pensamentos e sentimentos, que, juntos, são mais um elemento que condicionará, ao lado das emoções e dos hábitos, o modo como nos comportaremos.

Para que possamos estar certos de que, de fato, nos conhecemos, devemos aprofundar todo o leque de elementos que compõem as distintas formas de nos comportarmos.

Quando falamos em crenças, visitamos tudo aquilo que acreditamos como verdade. E, muitas vezes, essa verdade é apenas a nossa versão sobre determinada situação ou circunstância, eis que ela pode ter sido elaborada a partir de vivências que geraram uma reação de defesa frente, a quem sabe, alguma dor emocional que tivemos de contornar  (da forma que estava ao nosso alcance). E, ao longo do tempo, aquela estratégia de reação se tornou nossa verdade e, em cima dela, criamos nossos valores.

Ficamos muito mais fortes e donos de nós mesmos quando nos permitimos questionar alguns dos comportamentos que temos e que, talvez, estejam nos afastando de encontrar a satisfação da vida ou que estejam nos distanciando de sonhos e propósitos que escolhemos para alcançar a tão sonhada felicidade.

Podemos chamar de coragem o ânimo a dar início a essa busca, eis que poderá afetar memórias escondidas e esquecidas, mas que são decisivas para desvendar um novo caminho, talvez até, de liberdade. O fortalecimento que gera o autoconhecimento é tão decisivo e de tanto desenvolvimento que, iniciada essa caminhada, cujo caminho é sem volta, encontramos a paz, a quietude e a consciência dentro de nós.


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